Três morrem por hora no trânsito no Brasil; veja quem corre mais risco
Localizado na Zona Oeste da cidade, o Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas de São Paulo é responsável por atender os casos mais graves de acidentes que ocorrem nas vias públicas da capital paulista.
Para lá, são enviadas apenas aquelas vítimas que precisam de cirurgias muito complexas, relacionadas a fraturas expostas, traumatismos cranianos ou amputações.
“Mesmo assim, recebemos entre dois e três pacientes nesse nível de gravidade todos os dias”, relata a fisiatra Júlia Greve, que trabalha no IOT e é professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Esse é apenas um pequeno retrato de um sério problema de saúde pública que afeta todo o país: os acidentes de trânsito estão entre os eventos que mais tiram anos de vida das pessoas.
De acordo com o Instituto para a Avaliação de Métricas em Saúde da Universidade Washington, nos Estados Unidos, batidas e atropelamentos são a oitava principal causa de morte no país. Se subtrairmos as doenças desse ranking, os acidentes figuram em segundo lugar, atrás apenas da violência interpessoal.
Nas últimas duas décadas, o número de vítimas do trânsito no país vem caindo aos poucos: entre 2011 e 2020, essa taxa foi reduzida em 30%. Mas isso não foi suficiente para que o Brasil cumprisse a meta de cortar em 50% esse tipo de fatalidade, como estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas (ONU).
Um levantamento feito pela BBC News Brasil a partir do DataSUS — o banco de dados públicos do Sistema Único de Saúde — revela que existe um perfil de quem mais morreu nas ruas, avenidas e estradas nos últimos anos.
“Essas mortes costumam seguir um padrão claro: em sua maioria são motociclistas, jovens e indivíduos do sexo masculino”, analisa José Aurelio Ramalho, diretor presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária.
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